Durante a Audiência Geral desta quarta-feira (12), na Praça São Pedro, o Papa Leão XIV destacou a importância de redescobrir a fraternidade como vocação humana e dom divino. Diante de milhares de fiéis e peregrinos, o Pontífice afirmou que “acreditar na morte e ressurreição de Cristo e viver a espiritualidade da Páscoa incute esperança e nos encoraja a investir na bondade”.
Leão XIV ressaltou que a fraternidade nasce da própria condição humana, pois “somos capazes de construir laços autênticos entre nós”. No entanto, advertiu para o risco do isolamento e do narcisismo, que levam o ser humano a preocupar-se apenas consigo mesmo.
Segundo o Papa, embora conflitos e tensões possam parecer negar a fraternidade, “ela não é um sonho impossível”. Para vivê-la plenamente, é preciso voltar às fontes da fé e deixar-se iluminar por Cristo, “único capaz de libertar do veneno da inimizade”.
Inspirado em São Francisco de Assis, o Pontífice recordou a saudação omnes fratres — “todos irmãos” —, como expressão de uma fraternidade sem fronteiras. “A fraternidade concedida por Cristo liberta-nos da lógica do egoísmo e da divisão, reconduzindo-nos à nossa vocação original de amor e esperança que se renovam a cada dia”, afirmou.
Ao encerrar a catequese, Leão XIV convidou os fiéis a testemunhar a fé por meio da fraternidade: “Os irmãos e irmãs apoiam-se nas provações, não viram as costas aos necessitados e caminham juntos com o Ressuscitado, para se sentirem e serem todos irmãos.”





