No Angelus deste domingo (15) o Papa Francisco, ao renovar o apelo pelo fim do conflito entre Israel e Palestina, convocou os cristãos do mundo inteiro para um dia de clamor pela paz. Francisco disse que gostaria que todos que puderem dediquem esta terça-feira (17) à oração e ao jejum, e afirmou que a oração é a força suave e santa para se opor à força diabólica do ódio, do terrorismo e da guerra.
No seu apelo, o papa disse seguir com muita dor o que está acontecendo em Israel e na Palestina. E afirmou: “penso em muitos, especialmente nas crianças e nos idosos. Renovo o apelo pela libertação dos reféns e peço vivamente que as crianças, os doentes, os idosos, as mulheres e todos os civis não sejam vítimas do conflito. O direito humanitário deve ser respeitado, especialmente em Gaza, onde é urgente e necessário garantir corredores humanitários e socorrer toda a população”. E com um olhar entristecido disse: “Irmãos e irmãs, já morreram tantos. Por favor, que não se derrame mais sangue inocente, nem na Terra Santa, nem na Ucrânia, nem em lado nenhum! Basta! As guerras são sempre uma derrota, sempre”.
O Cardeal Pierbattista Pizzaballa, Patriarca Latino de Jerusalém, considera o Dia de Oração e Jejum pela Paz na Terra Santa um sinal muito bonito de unidade de toda a comunidade cristã. Foi o que afirmou durante uma reunião on-line organizada com jornalistas, no Vaticano.
Quando questionado sobre uma possível mediação da Santa Sé, o cardeal disse que a Igreja se dispôs a intermediar o diálogo, ou a pelo menos recuperar os reféns, ou parte deles. Disse que uma tentativa está sendo feita, mas que é muito difícil, porque para haver mediação é preciso ter interlocutores que são muito difíceis de encontrar. “Não se pode falar com o Hamas”, acrescentou o cardeal. E, falando de reféns, o cardeal Pizzaballa não hesitou em declarar que está pronto para se oferecer pessoalmente em troca das crianças que estão atualmente nas mãos do Hamas. “Se isso puder trazer liberdade, trazer essas crianças de volta para casa, não há problema. De minha parte, disponibilidade absoluta”, afirmou o cardeal.
Com informações do Vatican News