Na catequese da Audiência Geral desta quarta-feira (10), realizada na Praça São Pedro, o Papa Leão XIV meditou sobre a morte de Jesus na cruz. Mesmo sob chuva e vento, milhares de peregrinos lotaram a praça para participar do encontro semanal com o Pontífice, que agradeceu a demonstração de fé dos fiéis.
O Papa destacou que Jesus não morreu em silêncio, mas com um grito que expressa dor, abandono, fé e entrega. Esse clamor, explicou, não foi de desespero, mas de confiança: “O Filho, que sempre viveu em íntima comunhão com o Pai, experimenta o silêncio, mas não perde a fé. Ele não gritou contra o Pai, mas para o Pai, convencido de que estava presente”.
Leão XIV ressaltou que o grito de Cristo é um gesto espiritual capaz de transformar dor em oração e esperança. “Clamamos não para desistir, mas porque acreditamos que alguém nos ouve”, afirmou, convidando os fiéis a aprenderem com Jesus a não ter medo de expressar seu clamor diante de Deus.
Durante as saudações, o Papa dirigiu-se de modo especial aos peregrinos da Terra Santa, encorajando-os a transformar suas provações em oração confiante. “Deus escuta sempre os seus filhos e responde no momento que considera melhor para nós. Que o Senhor os abençoe e os proteja de todo o mal”, disse.
Aos peregrinos poloneses, Leão XIV recordou o Dia Nacional das Crianças Polonesas Vítimas da Guerra, celebrado nesta quarta-feira. Ele pediu que mantenham em suas orações e ações humanitárias as crianças atingidas por conflitos atuais, como na Ucrânia e em Gaza: “Confio vocês e as crianças que hoje sofrem à proteção de Maria, Rainha da Paz, e os abençoo de coração”.
Por fim, o Papa dirigiu-se aos fiéis de língua espanhola, pedindo que unam sua oração à de Cristo em favor da humanidade: “Peçamos ao Espírito Santo que nos ajude a dar voz aos sofrimentos do mundo através da oração e de obras de caridade, para que essa voz, unida à de Cristo, possa tornar-se fonte de esperança para todos”.