Passageiros da Viação Itapemirim bloquearam os dois sentidos da BR-116 na tarde desta sexta-feira (11), em Governador Valadares (MG). A manifestação ocorreu no bairro Vila Isa. O grupo de cerca de 50 passageiros alega ter sido abandonado pelos motoristas da empresa de ônibus. O grupo saiu de São Paulo com destino a Guarabira (PB).
Segundo relatos de passageiros, os ônibus chegaram ao bairro Vila Isa, em Valadares, por volta das 9h desta sexta-feira, e pararam as margens da rodovia em uma garagem de outra empresa de ônibus, onde outros coletivos realizam paradas para que os passageiros possam se alimentar.
Ivanilson da Silva Araújo, de 34 anos, disse que os passageiros entraram em contato com a empresa, mas não conseguiram a solução para o problema. “Segundo ele [motorista do ônibus], há 12 meses já que a empresa não pagava as contas dele, então ele falou que ia se retirar e só ia retornar após a empresa pagar o que devia, então ele foi e se retirou. E a gente fica nessa situação, a gente quer ir pra casa, tem criança, tem idoso e a gente fica nesse patamar. O que foi que a empresa relatou pra nós foi que o motorista é quem tomava conta, o motorista é quem ia resolver as coisas, e até então nada foi resolvido.”
A passageira Natália Gomes, de 20 anos, estava com o filho, uma criança de colo. Ela relatou que antes de chegarem à Governador Valadares, o ônibus em que ela estava chegou a ser abandonado pelo motorista próximo à saída de São Paulo. “A empresa está falida e eles venderam passagem pra gente. A gente chegou aqui e abandonaram a gente. Em outro lugar a gente chegou pra fazer refeição e o motorista foi embora e não disse nada pra ninguém.”
Segundo Natália, na primeira vez, o ônibus em que ela estava ficou sem motorista por cerca de três horas, até que a empresa enviou outro profissional, que teria abandonado o posto após chegar em Governador Valadares.
O protesto na BR-116 foi pacífico e durou cerca de 30 minutos, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Nós procuramos a Viação Itapemirim por telefone, mas não conseguimos contato com a empresa para falar sobre o assunto. Também tentamos contato por e-mail, mas não tivemos retorno até o fechamento desta reportagem. O espaço segue aberto para que a Viação Itapemirim possa prestar seus esclarecimentos sobre o ocorrido. A reportagem também fez contato com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para falar sobre o caso, mas ainda não tivemos retorno.