POR Fernanda Rodrigues/Itatiaia
Os olhos do mundo todo estão voltados para o Vaticano nesta quarta-feira (7). Os rituais que dão início ao conclave que irá escolher o sucessor do papa Francisco está marcada para começar às 16h30 do horário local (11h30 no horário de Brasília). A primeira fumaça, que indicará o resultado da primeira rodada da eleição, poderá ser vista às 19h do horário de Roma (ou 14h em Brasília).
A votação é secreta e acontece à portas fechadas na Capela Sistina. Ao todo, serão 133 cardeais aptos a votar (aqueles com menos de 80 anos) e o novo papa só será escolhido quando obtiver dois terços dos votos – 89 votos.
Também chamados de “príncipes da Igreja”, eles estão hospedados na residência de Santa Marta, que tem cerca de 130 quartos, e em uma residência adjacente mais antiga. A partir desta quarta, eles sairão dos seus aposentos para irem até a Capela Sistina participar da eleição.
Como é feita a votação?
Serão até quatro votações por dia (duas pela manhã e duas à tarde), mas a fumaça só será expelida duas vezes (caso o papa não tenha sido eleito). Assim que o novo pontífice for escolhido, uma fumaça branca sairá imediatamente da chaminé da capela.
Os cardeais já se encontram em reclusão total, como manda a tradição católica, desde terça-feira (6). Eles não podem manter contato com o mundo exterior para garantir que a votação não tenha nenhuma tipo de interferência.
O Vaticano suspendeu o sinal e uso de celulares e internet em toda a extensão da cidade-estado. Os cardeais e todos os funcionários também juram sigilo absoluto, sob pena de serem excomungados da Igreja Católica. Ou seja, é proibido compartilhar tudo o que for visto ou ouvido durante o conclave.
No terceiro dia de conclave, caso o novo pontífice ainda não tenha sido escolhido, os cardeais fazem uma pausa de 24 horas para orações. As votações são retomadas até que o próximo líder da Igreja Católica seja escolhido.
Outra pausa pode ser convocada após mais sete votações sem um eleito. Porém, se após 34 rodadas a Igreja continuar sem papa, os dois mais votados vão para uma espécie de “segundo turno”. Mas, ainda assim, o eleito precisará conquistar dois terços dos votos.
Quando o papa é finalmente escolhido, o público é informado através de uma fumaça branca. O cardeal decano pergunta ao novo pontífice se ele aceita o cargo e pede para que ele escolha um nome. Por fim, o eleito veste as roupas papais pela primeira vez e é apresentado aos fiéis na varanda da Basílica de São Pedro.