Na audiência geral desta quarta-feira (11), o Papa Francisco concluiu sua série de reflexões sobre o Espírito Santo e a Igreja, dedicando a última catequese ao tema: “O Espírito e a Esposa. O Espírito Santo guia o Povo de Deus ao encontro de Jesus, nossa esperança”. O Pontífice explicou que o título vem de um versículo do Apocalipse (22,17), que evoca a invocação “Vem!” dirigida ao Cristo ressuscitado, um grito de esperança que remonta aos primeiros cristãos.
Francisco destacou que, além da expectativa da vinda final de Cristo, a Igreja também clama por sua presença contínua no presente, especialmente através do Espírito Santo. Segundo o Papa, o Espírito, após a Ressurreição, tornou-se inseparável de Cristo, sendo a força que mantém a Igreja viva e atuante. Ele ainda enfatizou que a esperança cristã, infundida pelo Espírito, não é uma simples expectativa, mas uma certeza baseada na fidelidade de Deus às suas promessas. O Pontífice convidou os fiéis a serem semeadores de esperança, lembrando que este é o maior dom que a Igreja pode oferecer à humanidade, especialmente em tempos difíceis.
Durante a mesma audiência, Francisco expressou sua preocupação com a situação da Síria, destacando a transição política no país após a queda do regime de Bashar al-Assad. O Papa mencionou a nomeação de Muhammad al Bashir como primeiro-ministro do governo de transição e pediu por estabilidade e unidade, sem mais violência. “Espero que se chegue a uma solução política que promova a estabilidade e a unidade do país”, afirmou.
O Pontífice também falou sobre a importância do respeito entre as diferentes religiões na Síria, pedindo que elas caminhem juntas “na amizade e no respeito recíproco”. Ele confiou à intercessão da Virgem Maria a proteção do povo sírio, para que possa viver em paz e segurança em sua “amada terra”.
Além da Síria, o Papa mencionou a Ucrânia, que ainda sofre com os ataques russos, lamentando os recentes bombardeios. Ele também fez referência à Palestina, Israel e Myanmar, reiterando seu apelo pela paz. “A guerra é sempre uma derrota”, afirmou Francisco, ressaltando a urgência de uma resolução pacífica para os conflitos globais.