A Justiça britânica retomou nesta quarta-feira (5) o julgamento que avalia a responsabilização da mineradora angloaustraliana BHP pelo rompimento da barragem da Samarco, ocorrido em Mariana (MG) em 2015. A Samarco é uma joint venture entre a brasileira Vale e a subsidiária da BHP no Brasil.
Ação foi movida pelo escritório de advocacia Pogust Goodhead (PG), que representa 620 mil pessoas, 1.500 empresas e 46 municípios afetados pelo desastre. Até dia 13 de março os advogados das vítimas apresentarão suas alegações finais. Já entre os dias 10 e 12 de março, será a vez da defesa da BHP apresentar seus argumentos.
O julgamento, conduzido pela Corte de Tecnologia e Construção de Londres, teve início em outubro do ano passado e passou por diversas etapas, incluindo depoimentos de testemunhas e especialistas em direito ambiental, civil e societário brasileiros. Embora ocorra no Reino Unido, a Justiça britânica considerará a legislação brasileira para decidir se a BHP pode ser responsabilizada pelo rompimento da barragem.