POR AFP via Itatiaia
O Papa Francisco ‘descansou bem durante a noite’, mas perderá o início da Quaresma católica na Quarta-feira de Cinzas devido à pneumonia dupla que o mantém hospitalizado em Roma desde 14 de fevereiro. O Vaticano informou na manhã de quarta-feira (5) que o pontífice argentino, de 88 anos, ‘descansou bem durante a noite’ e acordou pouco depois das 8h (4h de Brasília).
No boletim médico divulgado na noite dessa terça-feira (4), a Santa Sé destacou que o estado de Francisco era ‘estável’ e que ‘não houve episódios de ocorrências respiratórias, nem broncoespasmo’, como aconteceu segunda-feira (3).
O prognóstico do pontífice, no entanto, continua “reservado” e os médicos decidiram que ele deveria usar uma máscara de oxigênio durante a noite.
Quarta-feira de Cinzas
No 20º dia de internação no hospital Gemelli de Roma, o líder da Igreja Católica não participará nas celebrações da Quarta-feira de Cinzas que dão início à Quaresma, o período de 40 dias que antecede a Páscoa.
O papai costuma presidir a missa deste dia, na qual os eleitores recebem uma cruz de cinzas na frente. As cinzas tradicionalmente procedem da queima das palmas do Domingo de Ramos das celebrações da Páscoa do ano anterior.
O pontífice argentino já havia perdido as celebrações da Quarta-feira de Cinzas em 2022 devido a uma dor aguda no joelho.
Desta vez, Francisco também não poderá participar nos tradicionais “exercícios espirituais”, um retiro que acontece todos os anos no início da Quaresma com a Cúria, os funcionários e a administração da Santa Sé.
Hospitalização mais longa do papa
No hospital Gemelli em Roma, que o papa João Paulo II chamou de “Vaticano III”, o jesuíta argentino alternou descanso, orações e fisioterapia para se recuperar de uma pneumonia nos dois pulmões que provocou vários episódios de insuficiência respiratória.
Esta é a internação mais longa do pontificado de Francisco, que não aparece em público desde que foi hospitalizado e perdeu a oração do Angelus nos últimos três domingos, algo inédito desde sua eleição em 2013.
A equipe médica do papa não se pronunciou sobre quanto tempo ele permanecerá internado ou sobre o período de convalescença se conseguirá superar a doença, o que gera inquietação entre os justos.